Em um movimento ousado que poderia transformar radicalmente a relação entre cidadãos e tecnologia, o Reino Unido esteve prestes a fechar um acordo de aproximadamente 2 bilhões de libras (cerca de R$ 14 bilhões) com a OpenAI. O objetivo? Fornecer gratuitamente o ChatGPT Premium (ChatGPT Plus) a toda a população britânica — um acesso inédito à versão mais avançada da popular inteligência artificial.
As negociações, reveladas por fontes próximas à empresa e ao governo, ocorreram entre Sam Altman, CEO da OpenAI, e o secretário de Ciência, Inovação e Tecnologia do Reino Unido, Peter Kyle. A proposta faria parte de um plano estratégico para consolidar o Reino Unido como líder global em inovação digital e inteligência artificial, diante da crescente competição internacional nesse setor.
🔍 Por que isso importa?
- Acesso universal à IA: O acordo permitiria que todos os cidadãos britânicos — independentemente de renda ou formação — tivessem acesso às ferramentas avançadas do ChatGPT Plus, com melhor desempenho, respostas mais rápidas e capacidades multimodais (texto, imagem, voz e código).
- Transformação digital: Seria uma forma prática e inclusiva de acelerar a transformação digital em áreas como educação, serviços públicos, saúde, capacitação profissional e produtividade empresarial.
- Geopolítica da tecnologia: A negociação reflete a corrida global por protagonismo no desenvolvimento e regulamentação da IA. Enquanto Estados Unidos, China e União Europeia seguem estratégias próprias, o Reino Unido busca se posicionar como hub de inovação responsável.
💡 O que estava em jogo
Apesar de avançada, a negociação não foi concretizada — ao menos até agora. Os altos custos, os riscos de dependência tecnológica e os debates sobre privacidade e segurança de dados foram alguns dos fatores que travaram o desfecho. Ainda assim, o episódio mostra que governos estão cada vez mais dispostos a investir diretamente no acesso à IA, tratando-a como uma infraestrutura essencial, a exemplo da internet e da eletricidade no passado.